Des-crença – Ninjai

“Se Jesus não existiu, então que maravilha que ele tenha sido criado, para que pudéssemos ter um modelo de retidão, de caráter e amor ao próximo que resiste aos tempos”.

Há quem gosta e quem não gosta de futebol. Quem gosta e não gosta de mulher. Quem gosta e não gosta de miojo. E para cada uma dessas coisas há também quem não se importa. Mas quando falamos em um Deus, todos tem sua opinião, gostando ou não. E ainda, se cada religião tiver o seu, penso que deve estar faltando fiel para a quantidade de entidades espirituais citadas nas suas doutrinas.

O futebol é a paixão nacional, a identidade do brasileiro. Somos o país desse esporte. A torcida parece feita só de técnicos. O futebol, depois do Estado, é o que mais emprega gente neste país. Poderíamos seguir destacando qualidades, porém quando duas torcidas organizadas se encontram, todos sabem o que acontece. O fanatismo, não apenas na religião, mas também em outros campos pode ser prejudicial.

Independente de algumas falhas de dogma das mesmas ou de fé de seus seguidores, as religiões, em sua totalidade, exercem uma fuinção social fundamental.

Muitos alegam que não precisam de ninguém lhes guiando e dizendo o que fazer. Que que isso cega as pessoas, porém, qual o problema? É errado que uma pessoa tema um poder superior, existindo ou não e, a partir disso, faça o bem? Que essa pessoa deixe de fazer coisas das quais gosta, e que são erradas, para fazer o certo, apenas porque lhe foi dito? Onde está o erro nisso? Se as religiões pregam o bem, em sua plenitude, ao invés de alimentarem o desejo de fazer tudo o que quiser sem se importar com os outros.

E mais, as religiões mais criticadas pelos céticos ou pelos católicos, ao menos em nosso país, são as que mais ajudam as pessoas, pois vão onde as pessoas de maior necessidade estão, não apenas de necessidades matérias, mas de espírito, pessoas que não tem nada, muitas vezes que já estão no mundo do crime, sem instrução, sem apoio nenhum.

Lá sim está a real necessidade da religião, e essas fazem muito bem o seu papel, pois mudam as pessoas, fazem com que elas deixem o seu passado e comecem a se preocupar com o futuro. Pessoas que roubam, bebem e batem em familiares, pessoas que não tem distinção do certo e do errado, pessoas que não sabem por si só o que fazer, e nem possuem esse incentivo, até que a igreja os acolhe, e oferece um caminho, uma saída, uma oportunidade que eles nunca tiveram, eles integram a pessoa, dão apoio, lhe estendem a mão. Porém, cobram além de dinheiro, cobram que a pessoa faça o bem, ande na linha, melhore, não faça as mesmas besteiras que estava fazendo antes de entrar para a sua nova comunidade. Algo muito caro e injusto não é mesmo?

“Mas é uma idiotice dar uma parte do seu salário para isso”. Bem, você assina internet, é sócio de um clube, possui TV a cabo, assina revistas que nem lê, paga tanto imposto que nem sei por onde começar a listar e não pode pagar a sua igreja?

Se você pensa que não precisa de um deus e de uma religião para isso, tudo bem. Mas nem todos tem essa consciência, e através das igrejas acabam mudando, para melhor.

Realmente pode não haver um ser, semelhante a nós, parado sobre as nuvens anotando tudo o que fazemos, e o que deixamos de fazer. O que não significa que não exista uma força maior olhando por nós.