Magnetismo – Hyperlink

É bastante louvável gostar de alguém pela pessoa que ela é. Queremos que essa pessoa que somos combine com tudo que a outra parte deseja.
Entretanto quando evoluímos, mais pessoas irão querer ficar estar com a nova forma que nos tornamos. Assim, com um leque maior de opções aumentam as chances que de conheçamos uma pessoa que além de gostar de nós como somos, ao mesmo tempo seja uma que nós também gostemos.

Requiem for a Dream – Hyperlink

http://www.youtube.com/watch?v=yVIRcnlRKF8&feature=related

Somente existe uma razão para uma ser vivo fazer ou deixar de fazer algo: interesse. E o interesse existir das mais diversas maneiras. Compra-se uma casa porque possui interesse em ter suas coisas protegidas, ou a si mesmo. Come-se come um pão porque existe interesse em matar a fome. Entrega-se o celular bolsa quando se tem uma arma apontada na cabeça porque ali está o interesse em continuar vivo. Ama-se alguém com o interesse em ser feliz.

Quando o interesse é dinheiro, uma das formas de consegui-lo é investir em algo. Pode-se comprar papéis na bolsa. Para se entrar em algo complexo assim, mede-se o conhecimento, estuda as ações, analisa uma série de fatores para adquiri-las, como: procedência da empresa, confiabilidade, capacidade de dar lucro e finalmente, a possibilidade de que teu dinheiro cresça. Afinal está todo mundo comprando algum tipo de ação, então você decide ingressar no “mercado”.

A compra parece perfeita. Comprou 100 ações por 1 real cada. Agora aqueles 100 reais vão crescer. Uma semana depois, há uma queda, estão valendo, 90. Pensa: “Agora chegou ao mínimo, esperara-se um pouco mais que volta logo a 100”. No dia seguinte nova queda. Vale apenas 50. “Bem esse é o fundo do poço, só pode subir” e continua. Nesse momento casou-se com um “papel”. Um papel ruim. Esse papel mês depois valendo apenas 10 reais  e acredita-se que não tem mais porque se desfazer dele, já perdeu quase tudo que tinha investido e não consegue mais se enxergar outros negócios, acha que aquela ação te deve algo. Afinal por que ela não deveria? Empregou-se empregou seu tempo, sentimentos, esperança, dinheiro e ainda perdeu todos os outros negócios por causa dela. Ela precisa retribuir.

O que se quer naquele momento é voltar pelo menos ao estágio em que se encontraram pela primeira vez a 100 reais. Da mesma forma em que o viciado de drogas procura incansavelmente a sensação que obteve na primeira vez em que experimentou, e essa sensação ele jamais conseguirá novamente.

Bem agora vamos mudar o nome dessa ação para “amor”. Escreveu lindas mensagens para alguém, levou para os lugares mais bonitos e quem sabe até os mais caros, foi fiel, desistiu de todas as outras opções, investiu sentimento, tempo, se desprendeu do orgulho, brigou com a família, se endividou, perdeu os amigos. Mesmo assim, o relacionamento desmoronou.

Mas estamos casados com o “sentimento”. Ele nos deve algo. E não podemos seguir em frente até que sejamos compensados.

Criamos ilusões de azar e karma. Destino e maldição.

Mas não é assim. Não é como se tivessem um saquinho de maldades em que tirassem um pouco de cada vez e fornecessem constantemente. Não é como as pessoas tivessem sido criadas apenas para fazer mal. Sim, sempre existirão pessoas ruins, entretanto a probabilidade de que se descubra isso somente após começar um relacionamento é muito pequena.

O que viveram (ou poderiam ter vivido) só podia ser perfeito. E daí? Não importa se ela sabia disso ou não. Ela simplesmente deixa de ficar contigo. Por maldade? Por outra pessoa mais atraente? Por alguém que a despreze? Por que tem sérios problemas psicológicos? Não faz qualquer diferença: Ela não deve nada. Exatamente: nada. Não se poderia exigir rentabilidade nem das ações que comprou, quanto mais de uma pessoa a quem não possuímos a propriedade. Ela simplesmente não se interessou. Não conhecemos todo o “mercado”, não conhecemos toda a outra parte, fazemos o que podemos , mas no fim quando dá errado o motivo é sempre o mesmo: Escolhemos ter feito apenas o que era de nosso exclusivo interesse.